sábado, 6 de março de 2010

by Geibson

Não recues! De mim não foi-se o espírito...
Em mim verás - pobre caveira fria -Único crânio que,
ao invés dos vivos, Só derrama alegria.

Vivi! amei! bebi qual tu: Na morte Arrancaram da terra os ossos meus.
Não me insultes! empina-me!...
que a larva Tem beijos mais sombrios do que os teus.
Mais vale guardar o sumo da parreira
Do que ao verme do chão ser pasto vil;

- Taça - levar dos Deuses a bebida, Que o pasto do réptil.
Que este vaso, onde o espírito brilhava, Vá nos outros o espírito acender.
Ai! Quando um crânio já não tem mais cérebro ...
Podeis de vinho o encher! Bebe, enquanto inda é tempo!

Uma outra raça, Quando tu e os teus fordes nos fossos,
Pode do abraço te livrar da terra,
E ébria folgando profanar teus ossos.
E por que não? Se no correr da vida Tanto mal, tanta dor ai repousa?
É bom fugindo à podridão do lado Servir na morte enfim p'ra alguma coisa!...

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